lembrando

é tarde

contemplo no céu os primeiros raios do ocaso de um tórrido verão.

da janela do meu castelo uma parada no relógio no tempo...

reflito... e caem silenciosas, pequeninas lágrimas cristalinas sobre minha face

e a visão me impede de ver a despedida do sol que desliza sobre o horizonte

mas os olhos internos de minha alma continuavam a ver quão longe estão as lembranças de um passado que insiste em me envolver

os sonhos, a esperança, o porvir

deixa-me melancólica a lembrança da luta incessante em busca de um ideal distante

os desencontros, as conquistas, os amores ardentes, as paixões intensas, os desafetos sofridos

a batalha solitária pela vida

o desejo incontido no peito de amar e ser amada

a solidão...

a história de uma vida marcada pelos extremos da desilusão

do amor esperado e não vivido.

Margarida Di
Enviado por Margarida Di em 02/10/2008
Reeditado em 24/04/2009
Código do texto: T1208499
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