lembrando
é tarde
contemplo no céu os primeiros raios do ocaso de um tórrido verão.
da janela do meu castelo uma parada no relógio no tempo...
reflito... e caem silenciosas, pequeninas lágrimas cristalinas sobre minha face
e a visão me impede de ver a despedida do sol que desliza sobre o horizonte
mas os olhos internos de minha alma continuavam a ver quão longe estão as lembranças de um passado que insiste em me envolver
os sonhos, a esperança, o porvir
deixa-me melancólica a lembrança da luta incessante em busca de um ideal distante
os desencontros, as conquistas, os amores ardentes, as paixões intensas, os desafetos sofridos
a batalha solitária pela vida
o desejo incontido no peito de amar e ser amada
a solidão...
a história de uma vida marcada pelos extremos da desilusão
do amor esperado e não vivido.