TALENTO PARA CRIAR O QUE PRECISO

Por que suplicas para me entender?

Se sempre estou na sua frente.

Mesmo quando me tratavas diferente

Nunca fui algo que não pudesses perceber.

Será que posso atender ao pedido

Do teu último verso?

Estaremos então perdidos

Imitamos o inconcebível: confesso.

Queria mesmo é a conquista

Do que chamas de perfeita criação

Não sou senhor, poeta ou artista

Limito-me a uma caneta na mão

Como o Sol que se põe e opõe à noite

De paradoxo utilizo

Transformando tuas dúvidas em açoites

Colocando luz na escuridão do teu juízo

Não supliques mais para me decifrar

Faça como a brisa leve ao dispersar

Sinta o toque na mão e solte um sorriso

Assim terei talento para criar o que preciso

Fábio Marfê
Enviado por Fábio Marfê em 03/10/2008
Código do texto: T1209223