Últimos Dias

Tanta é minha tristeza e tão constante,

Que já não sinto nada, nem a mim,

E mudo, eu não me existo em tal instante,

E de tudo do mundo eu vejo o fim.

Pesar de amar, e ser pálido amante,

Para tal pena e dor ao mundo eu vim,

Também morres de amor, ser inconstante,

Ora dizer não... ora dizer sim...

Fazer preces, chorar, desesperar,

Na grande frieza da tristeza imensa,

Sozinho, na dor do dever de amar.

Por fim, na ansiedade ser loucura,

E na vida, a vertigem mais intensa,

Sentir, na agonia desse mal sem cura.

(Cathy)

cathy
Enviado por cathy em 09/03/2006
Código do texto: T121062