Das Impurezas do Templo

Eu vivo numa alcova sagrada

E diariamente um anjo bom

Visita-me despindo-se do manto

Que herdou do pai que eu não creio.

A flecha sibilou do inexistente

Ruidosa e poderosa atingiu-me

O coração morto amortecido.

Que agora devidamente aquecido

Virou um nômade de espírito ardente.

De olhar preciso e espada quente

Me ataca em pose indefesa

E se o ato ao invés de sacro é de morte

Então mate-me e depois jogue minha carcaça

Sorrindo para ser levada ao mar

Entregue às divindades e à sorte.

Isabelle La Fleur
Enviado por Isabelle La Fleur em 04/10/2008
Código do texto: T1210694
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