Fim
Para tudo há sempre um fim
O que começa há de acabar
Como o toco d’um cigarro
Ou a tinta da caneta
Mas que fim há para tudo
Quando tudo é tanta coisa
Tanta coisa numa só
Numa só frágil consciência?
Abriram a janela d’uma vida
Muitos ares entraram, poucos saíram
Viveram-se folguedos subvertidos
Até o varar da última brisa
Dispersas luzes fizeram a festa
Dançaram e zombaram como bonecas
De todos mistérios da janela
Que findaram na morte dela