A máquina humana
Ser, ser humano, humano, homem normal
Animal sem intelecto que se acha “o tal”
Punhado de eixos, circuitos e engrenagens
Dispostos em pilhas nas linhas de montagem
Animais mecanizados que se agrilhoam aos preconceitos
Lubrificam os próprios erros e acreditam que são perfeitos
Eles vivem, eles morrem, eles acendem, eles apagam
Beijam as mãos que os agridem, escarram as mãos que os afagam
Montanha de sucata sobre a face de um planeta
Maquinaria maldita que a nada respeita
Ferrugem amarga que amarga as almas que eles não tem
Não sei se é porque venderam ou se é porque lhes convém
Sistema perene, sistema cruel, sistema de cão
Que vive de morte, morte sem vida e sem coração
Que segue as vontades de uma geração industrial
Em um mundo pequeno onde o que manda é o capital.