A máquina humana

Ser, ser humano, humano, homem normal

Animal sem intelecto que se acha “o tal”

Punhado de eixos, circuitos e engrenagens

Dispostos em pilhas nas linhas de montagem

Animais mecanizados que se agrilhoam aos preconceitos

Lubrificam os próprios erros e acreditam que são perfeitos

Eles vivem, eles morrem, eles acendem, eles apagam

Beijam as mãos que os agridem, escarram as mãos que os afagam

Montanha de sucata sobre a face de um planeta

Maquinaria maldita que a nada respeita

Ferrugem amarga que amarga as almas que eles não tem

Não sei se é porque venderam ou se é porque lhes convém

Sistema perene, sistema cruel, sistema de cão

Que vive de morte, morte sem vida e sem coração

Que segue as vontades de uma geração industrial

Em um mundo pequeno onde o que manda é o capital.

Zezzo Dantas
Enviado por Zezzo Dantas em 07/10/2008
Reeditado em 08/08/2009
Código do texto: T1216426
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