Um só

Não pense o dia de ontem.

Deixe o suor da guria banhar o peito.

Sinta esse calor pulsante

a enrijecer toda veia e musculatura que houver.

Acaricie seus laços,

vossas carnes a tocarem-se por toda parte.

Beija este corpo!

Transcenda a pele

e vá de encontro à alma.

Que as mãos se unam

e tornem-se a fonte sádica e primária

dos desejos tão íntimos do coração.

A dor do prazer

é a loucura de poder sentir a vida no instante de atrito;

de constantes palpitações do sangue tão louco e corrente.

Brindemos a Dionísio,

que outrora esteve conosco

a rir desesperadamente da loucura de uma madrugada fria.

Madrugada estranha e surpreendente

como teu sorriso sarcástico e desconfiado da verdade que nos esperava:

Sentir este amor tão pungente,

tão vivo no âmago de nossas carnes.

Ó, como te quis

e te quero

a cada incoerência de uma narrativa poética.

Seja por falta de vocabulário,

ou pelo simples fato de eu sentir o prazer de construir a vida;

eu te amo.

Tenho tudo que é teu.

Cada parte de teu corpo.

Eu te sou

a cada respirar,

e a cada alucinação ou sonho em que eu toque tua face,

ou teus cabelos compridos

que salvam - me dessa guerra em meu ser.

Fujamos agora!

Nesta loucura de pensar o pior do mais belo de nossas vidas.

É apenas a nossa vida

e o nosso amor que sangra

nesse saber mal entendido

de ter um corpo no outro;

a sonhar a saudade da infância.

Acredite quando digo - te:

Te amo,

és minha vida

e meus erros.

Brindo por ti

de louvores a Vênus,

esperando a verdade do teu coração tão puro.

Raul Furiatti Moreira
Enviado por Raul Furiatti Moreira em 08/10/2008
Reeditado em 26/11/2008
Código do texto: T1217337
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