O MURO...

Blocos erguidos sobre o solo,

outrora vazio, era apenas espaço;

agora o muro, milimetricamente cimentado,

entre colunas de ferro galvanizado.

Forte e imponente, no linear que circunda a casa.

Robusto, impele a segurança imaginada,

no sentimento daquele que resguarda.

Bloco sobre bloco, frios e vazios;

ganham vida, falam aos olhares curiosos,

fogem da mesmice e da letargia,

respirando sob o holofote

do poste a ilumina-lo.

Bloco sobre bloco compondo o muro

e sob a tinta viva, inspiram novos paradigmas.

Como as letras que compõem a frase,

como a frase que evolui aos versos,

como os versos que refletem a arte...

E o muro fortifica-se, sob a base da poesia.

Sandro Colibri
Enviado por Sandro Colibri em 08/10/2008
Reeditado em 08/10/2008
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