A mesma janela
  
porque será que a inspiração
teima em fugir pela janela
a mesma que já foi
veículo de impulsão
em outras tantas linhas
 
a mesma janela
de onde vejo o Mutinga
antes coberto de verde
e hoje porta-jóias reluzente
no breu da noite que principia
 
a mesma janela
que abriga pássaros de madeira
na floreira que antes explodia
em gerânios de mil cores
e hoje exibe suave monocromia
 
a mesma janela
cantada pelo Poeta
e antes tão eloqüente
hoje se mantêm inerte
presa em sua função transparente...
 
 
 
   
Ly Sabas
Enviado por Ly Sabas em 13/10/2008
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