Sopro de Gaia

Sopro de Gaia

Não me venhas breve vento.

Passe por mim e me envolva

em seu cativo leito.

Ecoe seu sussurro em meus poros

até o sol num dia bonito.

Beba-me nas mais belas historias

tornando assim um gozo eterno essa vida.

E na vez da cólera, embriaga-me, cega-me;

e só liberte meu chamado.

No louco invento do acaso,

seja gentil com os jardins,

em teu uno ventilar de luz.

Como uma mágica, leve minha

gota de lagrima ao cosmo,

para que eu faleça dia a dia

ressuscitando-me em cada pétala

mesmo que caia.

Vento, faça dos cabelos dela, sua

poesia eterna a meus olhos,

e de um momento a razão de existir...

Na beira d’um regato eu estarei

a espreitar sua dança majestosa,

voando em seus braços ,

como as folha se vão no outono...

A respirar um coração e seus mistérios.

Camper
Enviado por Camper em 13/03/2006
Reeditado em 13/05/2011
Código do texto: T122673