Sopro de Gaia
Sopro de Gaia
Não me venhas breve vento.
Passe por mim e me envolva
em seu cativo leito.
Ecoe seu sussurro em meus poros
até o sol num dia bonito.
Beba-me nas mais belas historias
tornando assim um gozo eterno essa vida.
E na vez da cólera, embriaga-me, cega-me;
e só liberte meu chamado.
No louco invento do acaso,
seja gentil com os jardins,
em teu uno ventilar de luz.
Como uma mágica, leve minha
gota de lagrima ao cosmo,
para que eu faleça dia a dia
ressuscitando-me em cada pétala
mesmo que caia.
Vento, faça dos cabelos dela, sua
poesia eterna a meus olhos,
e de um momento a razão de existir...
Na beira d’um regato eu estarei
a espreitar sua dança majestosa,
voando em seus braços ,
como as folha se vão no outono...
A respirar um coração e seus mistérios.