Doce sonho

( Débora Acácio 13/10/2008)

Dizem que todo aquele que escreve

o sentimento em sua essência, com encanto e magia.

É sempre triste, oco e vazio.

Mas o que seria do silêncio,

sem a ausência do som ?

O que seria do amor,

sem o vazio, sem um nada

para uma grande paixão preencher ?

Paixão!

O que seria da paixão,

sem a loucura a devassidão sutil do tesão?

São os sonhos que nos acordam,

que clamam aos quatro ventos

por uma poesia,

um soneto, uma só linha.

É no sonho que nos encontramos

Com ou sem sentido.

Sentido!

O que seria do sentido,

sem a emoção, a liberdade, sem um arrepio

gostoso de dois corpos em chama

que se chamam ??

Liberdade!

O que seria da liberdade,

sem a vontade, o desejo, a beleza... a pureza,

e sem a doce gentileza da timidez?

Timidez!

Como escrever qualquer sentimento,

sem paixão, sem tesão, sem sentido,

sem a liberdade, sem a nudez da timidez?

Sonhos!

O que seria do poeta, sem um doce sonho?

Um deserto de palavras sem sentido, sem nexo.

A poesia sem encanto

e despida de toda sua magia

Deixaria de ser poesia!

Débora Acácio
Enviado por Débora Acácio em 14/10/2008
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