QUANDO A TARDE CAI... ( oklima)

Elevo a minha prece ao invisível,
à estrela que da noite chega aos braços.
Rezo sonhos, dos sonhos preso aos laços,
preso à matéria, igual e indisível.

Além do horizonte do impossível, 
limite, em tempo e pauta, dos espaços,
muito além das montanhas dos fracassos,
a tarde cai, ilusa, irrecorrível.

No meu rasteiro vôo, rente ao chão,
a visão do que vejo me abstra
-muito mais fantasia que razão.

E enquanto sonhos me segredam: "amai!"

meu outono, referto de ilusão, 
todas as tardes, como a tarde, cai!

( Poesia deixada pelo recantista OKLIMA, a quem agradeço, como comentário para  AO CAIR DA TARDE...)