SURPRESA DO ESCURO

Estou sozinho em casa,

E de repente; abate-se sobre ela,

Uma intensa e densa escuridão.

Levanto-me cautelosamente à procura de alguma vela.

Inicialmente, para poder melhor enxergar, acendo alguns fósforos,

E, por sorte, encontro um pequeno toco de vela,

Escondido em alguma gaveta de um velho armário na cozinha.

Assim que a acendo,

Uma estranha corrente de ar

Vem e apaga a frágil chama da vela.

Novamente acendo,

Mas agora previno-me colocando a mão à frente da chama.

Caminhando lenta e cuidadosamente de volta à sala,

Sinto algo roçar em meu braço.

Um forte arrepio percorre a minha espinha.

Agora, sinto algo agarrar a minha perna, e no susto,

Deixo o pequeno toco de vela cair.

Ficando novamente imerso na densa e intensa escuridão.

Tateando às cegas o chão,

Encontro quase que por milagre a pequena vela.

Eu havia trazido comigo a caixa de fósforos,

Para qualquer eventualidade.

Mas um forte pressentimento me domina.

Sinto não estar mais só,

Ouço uma outra respiração além da minha, e muito perto de mim.

Controlo a respiração,

Encho-me de coragem e acendo novamente a vela.

E quando a fraca luz ilumina parcamente o local,

Sou surpreendido pelas lambidas de meu cão em meu rosto.

29 / 08 / 2005

POESIA 1413

Perrelli
Enviado por Perrelli em 15/10/2008
Código do texto: T1229058
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