CARTA À POETISA

Sabe poetisa, gosto muito de te ler

Passo horas me questionando

Se devo fazer entender

E revelar o que estou pensando

Mas não és fácil, poetisa

Passa por mim às vezes sorrir

Outras vezes até pisa

Então quem quer confundir?

Confundir-te não é o meu prazer

É o jeito que tenho para disfarçar

Algo que talvez nem deva perceber

E os outros, nem pensar.

Poetisa, não temos o poder de saber

Quem vai entrar na nossa vida

Se flores em forma de poema alguém te oferecer

Há sentimento não há dúvida

Por isso cara poetisa não desista

Use a arma que tem na mão

Decifre, lute, persista

Desafie sua razão

P.S.: eu não te subestimo

Mas só peço que a partir desse momento

Não sejamos vítimas do destino

Só da nossa inteligência, razão e sentimento.

Fábio Marfê
Enviado por Fábio Marfê em 16/10/2008
Código do texto: T1231517