Novata
As cores desbotam quando pouso olhos
Falta música se, atenta, empresto ouvido
Respiro e vejo-me num visgo, em plena carne,
O espírito escapa sem deferimento, sem sentido.
Falta acordar-me uma lembrança vívida
Que chegue como raio, rabiscando a entranha
Se humana demais, a humanidade escapa
E a ausência de espírito me fere, me envergonha.
Assim encontro a alma confundida
Sequiosa de abraçar o mundo sendo nada,
Querendo se enlevar e sem saber saída.
Assim me calo nessa onda repetida
Carente de ser mar, além da estrada
Perdendo a alforria, vexada e dolorida.
As cores desbotam quando pouso olhos
Falta música se, atenta, empresto ouvido
Respiro e vejo-me num visgo, em plena carne,
O espírito escapa sem deferimento, sem sentido.
Falta acordar-me uma lembrança vívida
Que chegue como raio, rabiscando a entranha
Se humana demais, a humanidade escapa
E a ausência de espírito me fere, me envergonha.
Assim encontro a alma confundida
Sequiosa de abraçar o mundo sendo nada,
Querendo se enlevar e sem saber saída.
Assim me calo nessa onda repetida
Carente de ser mar, além da estrada
Perdendo a alforria, vexada e dolorida.