PERDOA A MÃO QUE DEIXOU DE SER TERNA

Perdoa agora a mão que feriu-te,

pois ela ergueu-se numa hora de invigilância.

Oh, perdoa agora, porque talvez amanhã,

não haja oportunidades.

A mão que feriu-te estava vazia de proteção,

por isso desferiu golpes envenenados.

Oh, nessa hora em que essa mão ergueu-se,

para cravejar o punhal ferindo o mais doce

de tua alma, antes e melhor fosse,

que tudo se apagasse.

Oh, essa mão que por uns instantes,

deixou de ser terna, suave...

Para destilar fel e açoites

no mais sublime do teu coração.

Ah, mas hoje, essa mão está crispada

pela dor, vergonha de levantar-se para ferir.

A dor do arrependimento pune

com crispações violentas, essa mão suave muitas vezes.

Ah, tempo bom e bendito, que faz as cousas chegarem

nos seus lugares, dando novos caminhos,

para um amanhã melhor!...

Aninha Caligiuri
Enviado por Aninha Caligiuri em 14/03/2006
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