orgânico

Em meu planeta

Não tão meu assim

Onde o sol aquece

água refresca

Vegetal que protege

alimenta

Vida no mar

Vida na terra

Quanto equilíbrio

Este paraiso

Nós entre outros seres

Quanta insônia!

Sobrevivência

Céus!

Bendita liberdade

Condicionada

Preciso acordar

Este pesadelo!

Voltar

no tempo

Voltar

em tempo

Alguma prisão

que não seja esta!

Aí eu gritaria

de fato

Talvez então acordassem

estas vozes

Talvez então aplacassem

esses ânimos

Talvez então eu visse

mudar

toda trilha sonora

Desfazer esta loucura

Pois que o mundo

não me parece tão hostil

Ele o mundo

começa perto

bem aqui dentro

em mim!

Segunda Parte

Consciente da minha mediocridade

latente

Não faço mais que aconselhar

Cuidado

O mundo pode colocar armas em tuas mãos

mas só a ti é dada a responsabilidade

real

Não há lei moral que defina o acusador

Não há lei moral que afirme

só ser permitido falar no assunto

quem já esteve em condição igual

Não há lei moral que obrigue o acusador

enfiar-a-cara-na-lama!

De onde mesmo vem este medo

Incontinente!

Enquanto existir

este sentimento

esta sensação

este pensamento

desejo a minha morte

e renascimento

zilhões de vezes

vida a dentro

mais limpa

mais leve

mais lúcida

mais forte

mais sincera

por quanto mais livre

enfim!

Suzane Rabelo
Enviado por Suzane Rabelo em 17/10/2008
Reeditado em 11/07/2011
Código do texto: T1233742