Pisando na areia do acaso

Pisamos na areia do acaso

e nos deparamos com arestas

de ocasos.

E estás já aí,

no porto quase seguro.

Em meio ao pó

que o asfalto nega,

escorrega d´alma, a trégua

aos galopes dos cavalos de aço,

que embaraçam o trânsito

de corações em descompasso.

Daí pode-se congestionar o olhar.

Fixá-lo em algum astro,

e deixá-lo no rastro de uma estrela cadente.

Todo o resto,

o cosmos consente.

Rocio Novaes
Enviado por Rocio Novaes em 15/03/2006
Reeditado em 12/03/2010
Código do texto: T123720