CREPÚSCULO

Uma única flor amarela

Num pêndulo solitário à beira do lago.

A ramagem verde e florida

É a moldura do crepúsculo.

A natureza grávida de flores e frutos,

Se oferece em aroma, essência e vida.

Num bailado acrobático de asas e zumbidos,

Abelhas se exibem em show.

A passarinhada trina em coro.

A paz se multiplica, e o amor se faz!

Sombras rendilham o chão

Em desenhos sonolentos.

São bandeiras ouriçadas ao açoite do vento,

Às carícias incandescentes do sol poente.

Os últimos lampejos abraçam a terra,

Coroando-a de fímbrias prateadas,

De indescritível policromia!

Antes de fechar a porta do dia,

O céu se veste em traje de gala,

Borda a terra de afagos fraternos,

Laivos de ternura...

Nesse ritual, a alma canta,

O astral se levanta,

E Deus se mostra na beleza do universo!

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 20/10/2008
Reeditado em 21/10/2008
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