SONHOS VÃOS
Na alameda fria e escurecida,
em que caminho com minhas dores,
eu guardo sonhos dos meus amores
em recordações, enfraquecida.
Minh’alma chora sempre comovida,
saudade do moço tão distante,
e por relembrá-lo neste instante,
sinto descolorir a minha vida.
Ao idear na alameda o rosto,
da paixão suave,que provoca o gosto
dos teus beijos, vem o mel na boca.
Se ainda assim causar-me algum desgosto,
ao lembrar-te em minha cama em gozo,
rogo a Deus Pai, uma existência pouca.
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