OLHOS DISTANTES

Há ainda um riso

Que baila na boca

Do tempo...

Há uma lua vazia

De face tão pálida,

A vagar, imprecisa...

Há um canto ao longe

Que é prece cálida

À noite solitária...

Há dois olhos distantes

Que, serenos adormecem,

Pelo canto entorpecidos...

E ao som do canto esquecido,

Capturo a poesia distraída,

Perdida na madrugada...

Rahna
Enviado por Rahna em 18/03/2006
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