Márcia
Ó noite pálida como uma acácia
Desenhe a Márcia em meus olhos tristonhos
Traga-me seu riso puro e bonito
E jogue-o no infinito dos meus sonhos.
Quero tocar vossos seios devassos
E sorve-los nos meus braços ateus.
Poder beijar os seus lábios carnudos
Tê-los mudos pousados sobre os meus.
E passear naquela tez macia
Leigo na melodia de sua voz
Dar uma noite fervente para ela
Em uma alcova bela para nós.
Quero tê-la em todos os arrebóis
Deitada nos lençóis do alvorecer
Quero despertar seus sonhos contidos
E ouvir os seus gemidos de prazer.
Ouça o meu apelo, noite horripilante.
E nesse instante traga-me, por favor,
A mulher que me tem como irmão
E, em meu coração, eu tenho como amor.