desalento

olá meu pássaro amigo, como está?

também ando um pouco afastada do mundo e dos sonhos.

lembro com saudade dos dias áureos dos nossos primeiros vôos.

tanta coisa mudou... é verdade!

aborreci-me com tuas asas... e como doeu saber que nelas já não havia mais harmonia...

e com isso o nosso mundo perdeu a cor

em decorrência...

nos permitimos algumas reticências no dia a dia

e deixamos que nossas asas caissem no desalento.

vejo com tristeza o quanto a vida nos apronta e o quanto nós nos deixamos conduzir pelas correntezas do ar!

as peças são dadas e nesse jogo nem sempre ganhamos...

jogamos apenas!

e diante de tudo a perplexidade e a fragilização!

porquê se dá, pássaro querido, o encontro e os desencontros?

lágrimas a cair!!!

deixo que o tempo se encarregue ... nada depende de mim... e isso me apavora...

por vezes a desilusão... tanta!!!

mas tua lembrança...

ela me conduz...

e um tanto desacordada da vida

continuo na minha caminhada no tempo...

e ainda continuo pássaro...

e a voar...

Margarida Di
Enviado por Margarida Di em 28/10/2008
Reeditado em 24/04/2009
Código do texto: T1252190
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