Meu coração responde

Minhas lágrimas são pétalas de rosas,

Que plantaste na aridez desta planície...

Vicejaram na transformação do sonho

E foram regadas pelo sentimento de amor...

São respostas de minh’ alma...

Da mesma alma que vagou solitária,

Buscando arrego e cumplicidade...

Deu testemuho de sua mágoa,

No pranto derramado pela face...

Cada uma delas vê-se em silêncio

E imperou solitária no meu espírito...

Meu pranto não foi derramado,

Apenas, pelos meus olhos:

Veio percorrendo, nas rugas do meu rosto,

O caminho sofrido das dores de minh’alma...

Que sobrou de mim?

Do espírito belo e valente

Que imperava num corpo físico?

Que restou de mim,

Senão palavras que ressuscitam

Lembranças de dias felizes...?

Quem sou eu, que me desfaço em lágrimas,

Quando a Poesia me chama para declamar...

Que restou de minha juventude e braveza?

Que sobrou deste rosto cansado?

Vivo na esperança, entretanto,

De que meu canto não percorra triste

As planícies da dor e possa, ainda,

Somar alegrias nesses dias,

Em que a tristeza de mim se apoderou...

Sou lágrimas da alma, mesmo no sorriso dos lábios...

Sou esperança, mesmo no sal de meus olhos...

Vivo porque o som da vida vem a mim

E me diz sorridente que está longe meu fim...

Que a esperança retornou e com ela a felicidade,

Aquela mesma a quem chamo verdade

E paz interior: o amor!

Às 11:34 hs do dia 01/11/2008

Mariza Monica
Enviado por Mariza Monica em 01/11/2008
Código do texto: T1259821
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