Igualdade Social para os Animais!

Uma ardência na garganta.

Um tempo absoluto;

em prazer

e extensão necessária.

Flutua-se na névoa;

cinza e alucinada.

Há de se tentar espelhar,

vislumbrar

e cantar a verdade sonhada.

Em versos sujos,

maltrapilhos,

de estrofes estupradas

por bagulhos tão profundos

dos campos aromáticos.

Será o que se vê?

Ou o que se quer?

Que será, que será?

Que plagia cantantes

a mercê de carcarás

das empresas que vendem discos piratas.

Que é isso?

Que me acomete,

que me faz perder o nexo,

que a Dionísio me remete?

Que fumaça é essa?

Tonturas, fomes,

e gargalhadas sem porquê?

Erva que faz mentir.

Separa enredo

e chapéu.

Título

e corpo.

Erva que faz Ser.

O tudo.

O véu deste céu

reluzente e vermelho.

Na onda magnética,

ao corpo alucinante,

ligado por

tremores e torpores.

Me falta chocolate,

teu beijo

e a justiça pros animais.

Falta-me ser humano.

Enganando a mente

e matando o coração.

Pois se isso é ser humano,

eu quero ser animal.

Trepar na rua.

Cagar na rua.

Morrer na rua.

(Pois dormir, já durmo)

Sem que ninguém te ignore;

sem que haja preconceitos

e conceitos

feitos.

Raul Furiatti Moreira
Enviado por Raul Furiatti Moreira em 03/11/2008
Reeditado em 21/11/2008
Código do texto: T1262943
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