Furtando Frutas
Seguro a minha própria mão
Quando a lágrima quer vir,
E eu não sei distrair o coração,
Sem deixar de sentir
Saudade –
Sem teu beijo, ou teu abraço,
Estou sempre à deriva
Num mar de desejo...
Estou preso numa ilha
Que chamo de mim mesmo,
Mas quando é pra ser gente grande,
Eu sempre me esqueço...
Passo a mão em minha própria cabeça,
Para me adular:
- Você não vai crescer, assim;
Existem coisas que devem durar...
Mas, o tempo brinca de pique-esconde,
E tenta me encontrar:
Eu não sou tão fácil assim
De se achar –
Eu subo numa árvore de um outro quintal,
Para roubar a fruta que provei
E quer me culpar por ser deliciosa...
21 de março de 2005