Poema sobre nada
A pena e o papel
movem-se por si. Sós,
escrevem cada verso
como quem não conhece.
A mão que move a pena
mexe o papel e rabisca
letra inconstante,
sem som, beleza ou ternura.
Mãos rudes, ignoram
toda e qualquer ventura,
as mazelas que choram,
ou que existe outra sorte.
Nesse mundo, só precisam ser fortes!