à beira da janela
à beira da janela
debruçado
vejo passar o meu passado:
minha infância jogando bola de gude
soltando pião
empinando pipa, papagaio
entre tantas lembranças
que navegam naquele momento;
minha adolescência introvertida
poucos amigos (dá pra contar nos dedos)
as discotecas, os bailes...
a primeira ex-futura-namorada
(por causa da timidez)
e acabei ficando só vendo sua partida.
à beira da janela
sinto o vento que passa zunindo no meu rosto
Pelo pressuposto parece que vai esfriar!
Afonso José Santana
caçapava, 06/11/08