PENA.

Ó pena, minha escrava,

Meu conteúdo de amor,

Um pensamento bastava

E rabiscavas

A minh'alma em dor.

Embebida em meu

E sangue cruzavas,

O papel tão branco,

Eu então triste,

Tristezas tu

Não nele passavas

Meu conteúdo de amor,

E o branco,

Tu dele fugiste.

Ó pena, minha escrava,

Meu desabrochar

De uma flor,

Quando pedias,

Calavas

E cessava

Um poema de amor.

Não eras a mim dedicada,

Tu choravas,

Tu faltavas.

Ó pena, sê minha amada.

Ó pena, sê minha escrava.

(D`Eu)

Sidnei Levy
Enviado por Sidnei Levy em 23/04/2005
Código do texto: T12716