Como todos os dias

Um homem esquartejado no rio de janeiro;

Uma menina estuprada e degolada

Uma bala perdida da polícia matou uma criança.

Uma adolescente refém, uma sociedade agonizando em medo.

Nas escolas da periferia meninos ferem mortalmente

A professora;

As noites jovens atam fogo em mendigos;

Pais são mortos pelo próprio filho;

Pai mata a filha de três anos;

Mãe joga a filha pela janela do prédio

Criança de dois meses de idade é encontrada abandonada na sarjeta;

Meninos são encontrados em uma fazenda como escravos;

Jovem mata namorada e espalha partes do corpo pela cidade.

Bandidos crianças, em grupo atam fogo em um ônibus com passageiros;

Em nossa terra, milhares de pessoas morrem de fome.

Não há emprego e a inflação cresce a cada dia.

É melhor morar no presídio do que viver nas ruas.

Meninos de rua são assassinados à noite;

Nos semáforos cresce o número de crianças esmolando e roubando.

E nós fazemos a nossa parte ou nos escondemos em hipocrisias?...

Nem paz nem guerra, fomentam a miséria..

Ah!... Liberdade, liberdade nem se sabe ao certo quem é...

Liberdade, liberdade. Quem é livre nessa cidade?...

Se liberdade é respeitar o direito dos outros, o que somos?

Escravos ou senhores insensatos.

Alberto Amoêdo
Enviado por Alberto Amoêdo em 07/11/2008
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