O chicote

 

Um dia um cara chegou

Numa cidade lá no interior

Era só mais um destes caras

Com fama de conquistador

Vivia correndo atrás das moças

A elas fazia propostas de amor

Até que um dia um pai irritado

Com aquele cara namorador

Passando a mão num chicote

Foi à procura do galanteador.

 

Mais o cara era esperto

Vendo preta a sua situação

Pulou num trem que ia passando

Um pai furioso deixou na estação

Só que o cara acabou esquecendo

Que aquele pai tinha um avião

Quando chegou à sua cidade

Viu o velho com um chicote na mão

Sem saída foi logo ajoelhando

Implorou ao velho por seu perdão

 

Sentiu pena daquele covarde

Pra sua casa resolveu voltar

Estava indo embora quando ouviu

Em meio às pessoas alguém gritar

Ainda tinha seu chicote na mão

O covarde conseguiu desarmar

Com a mão sangrando ele via

Sua arma sair voando no ar

Na sua mão faltava um dedo

Desesperado se pos a chorar

 

Ali no chão ele se lamentava

Sentindo sua mão dolorida

A se perguntar por que o velho

Havia lhe poupado à vida

Por ser leviano quase morria

A chicotada foi bem merecida

Aquela marca ficara pra sempre

Pra sempre a lição recebida

Levantou-se e foi ao hospital

Precisava cuidar sua mão ferida!

 

Lagoa dos Patos: 10 / 11 /2008

 

 



Volnei Rijo Braga
Enviado por Volnei Rijo Braga em 10/11/2008
Código do texto: T1276629
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