CAMINHANDO POR DENTRE BRUMAS
Andando por caminhos nunca percorridos
O sol a se por olhando para traz vejo os ciprestes já esmaecidos pelo tempo algoz
Espalhando suas sombras
A cada batida de coração
E pulsar de alma
Fica mais distante, compasso solusivo lembro-me dela com sua beleza ebúrnea brumas se intensificam ao cravar de mais um final de dia...
Espalham sua atmosfera amorosa sobre a relva sadia
A noite já estrelada
Denuncia visões ofuscadas
De um semblante de outrora
Adoro a noite escura
Tão cheia de aventuras
Ah! Como queria estar entre seus doces lábios
A observar suas pálpebras escuras
Com celhas
Envolto ao celífero
Penso em minha poesia passada onde nela consiste
Meus sonhos vagam no infinito
De um dia ainda não descrito
Ponho a lembrar-me de uma nudez diante da qual via-me murmurante decompondo-se em ternura e embriagues maternal alento o pó da infância
Já rachada onde jamais imaginava ter-te...
Com o dia já em estado rubro
Exercito meus sentimentos em sonhos e quimeras infindáveis
Coberta por mutualidade futura
Sonho com ela, pois sonhas comigo...
Debruço-me em sensações nebulosas
Onde estávamos aprisionados em total transcendência afetiva dedicando-me avidamente em Prezar-te
Com plena devoção que sinto em meu coração.
Lucas (08/2002)