O TEMPO MENINO

Ah! meu tempo menino, ia devagar,

Como demorava passar.

Sim, ia passando pela vida aos poucos,

folheando cada momento com gosto.

Noite e dia eram uma eternidade, nada era em vão, Na mimha vida infantil de então.

Ah! meu tempo que não é menino mais,

E agora quando olho para trás.

O vejo passar velozmente,

A vida passa como trem bala de repente.

Ah! meu tempo de hoje, é agora,

O tempo da ditadura das horas.

Que já foi ontem e aguarda para talvez,

Ser um amanhã cortês.

E que passa brutalmente veloz,

Mais rápido que o pensamento atroz.

Pois quando penso em fazer, passou como vento,

Jå não dar mais tempo.

O tempo seja qual for, não faz banganha,

O tempo menino deixou seu rastro na lembrança.