Já Não Sei o Que Sentir
Já não sei o que sentir
E nem o que sinto
Tanto faz o porvir.
Entre curaçau e absinto
Não sei o que servir
Para a minh’alma que tem sede.
Quero sentir paixão
Ardente e sufocante
Quero perder a razão
E me sentir distante
Do tangível e do comum
Não quero ser mais um
Que vai se apaixonar.
Estou farto desses sentimentos
Que surgem e se extinguem
Sem me dar chance de senti-los por inteiro
Parecem brisas que estão prestes a virar vento
Mas que se enfraquecem e se perdem
Pelo caminho – queria eu ter um moinho
De sentimentos para aproveitar cada momento.
Quero apenas sentir
Mesmo que sinta pela pessoa errada
Sei que posso me iludir
Mas se não for assim nunca chegarei ao fim da estrada
Que leva ao limite que um sentimento possa existir
Só assim posso saber o que realmente eu senti.
24/03/06