Canteiros
Loucura essa vida...
Morreu brandindo
Os fiapos do cipó que rodeava sua casa;
Queria saber as desamarras da vida
Para desfazer as mazelas
Arranhadas no canto do quarto
Embaixo da cama.
Embrenhou-se por esses caminhos
Um pouco estranhos de terra abatida
E foi dar num canteiro onde chovia
Lembranças roxas, pretas e amarelas.
Saiu enlamado e feliz,
Montou na primeira bicicleta e
Enquanto voltava ia tirando as vestes;
Chegou em casa ninguém
Para morrer brandindo os fiapos
Desamarrados da vida
Desmazelada que se desfez