A morte do Poeta
A Morte do Poeta!
Zena Maciel
Morre o poeta!
A fatídica tristeza enterra
nos versos sujos de dor
Nas asas de um condor voêm
para o inferno se preciso for !
Despede-se dos ridículos versos
Hostiliza metáforas e rimas
estupra sua triste sina
de vadio sonhador!
Choram as letras putrefadas
Palavras nuas engravidadas
Sonhos escritos e abortados
nos bordéis do maldito amor
Com o punhal cravado no peito
rasga a vida estrábica e sem jeito!
Escarra nas elegias
Por pura ironia
faz o funeral das letras
com orquestras e retretas
e dança com a histérica alma
vestida com as flores do mal!
No útero frio da poesia
jaz um coração afogado
estupidamente jogado
no poço da estóica solidão!
12/04/2005
http://geocities.yahoo.com.br/zenainversos/index.htm