Errante
Viver
Vida de carne, vida de alma,
Viver sem pensar nos amanhãs
A desdém da máscara de cêra,
Que derreterá com o sol do meio dia
Em tua cara amarelada pela noite vivida
Viver, viver e muito ainda viver
Como um ébrio tão sonhador
Que pensa a caminho do botequim
Que bebida pode matar-lhe a sede de vida.
Viver, viver e muito ainda viver
Deixe suas marcas como sombras
Para que esquecido não sejas,
E quando morrer teu corpo
Que permaneça ao menos
As lembranças de tua vida errante!