Doce Amargo
Que o brilho do sol me aqueça
No inesperado passo seguinte
Que o chão na terra não enlouqueça
E segure o peso dos meus pensamentos
Que o cheiro da poeira na estrada
Venha... mas, junto ao vento
Que a brisa que bate em meu rosto
Só traga contentamento
E o sorriso na face
Liberte-se, dos seus lamentos
Que o sereno que molha meu corpo
Venha como pó de ouro
Abrilhantando assim
Meus desejos mortais
E os espinhos ao chão
Que semeei, mostre-se
Para que eu mesmo os colha
Que nesse caminho
Que me inunda de sonhos
Eu segure a navalha fria do real
E não me afogue nas delicias
Dos prazeres dessa atua estrada.