Fundo do poço
Abundante sangra a minha asa
Na intolerância que por vezes,
Prostrou-me durante muitos meses
Queimando meu peito feito brasa.
E assim unidos feito siameses
Robustos dentro de minha casa,
Um monstro frio que me arrasa
Com suas garras e seus reveses.
Desci então tantos degraus
Jamais descera assim outrora
E deitei-me na água de bruços,
Onde chorei as angústia do caos
Do meu "Eu" que me devora
E não ouve os meus soluços.