A Rima

Dorme suave,

Deita travessa,

Escorre serena...

Mana de clave,

Doce riqueza,

Asa morena...

Turmalina minha,

Pedra bruta.

Alma abrupta

Que ri e caminha.

Raro veneno,

Afago, alento

De beijo e de pedra

Que o vento leva.

Ave Santa,

E calma menina;

Quando estanca

A escura neblina.

Ainda há relva

Naquela selva:

Despede-se a rima!

Bento Verissimo
Enviado por Bento Verissimo em 20/11/2008
Código do texto: T1294764
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