Suicídio!

O quanto enorme é o silêncio,

Acalentado no peito,

Feito criança assustada.

Chorando na madrugada,

Fazendo de conta, que não tem medo de escuro...

Que não tem medo de nada.

Lágrimas rolam em minha face cansada.

Cruéis lembranças, tristes pensamentos,

Fazem de minha alma refém,

De tua lembrança.

Meus sonhos desfeitos,

Distorce a vontade de fuga.

E busco nossos momentos...

Mais veloz, sua imagem não se detém.

E teus lábios fogem dos meus,

Nem ao menos um sonho de um beijo!

Mais tua presença se faz constante,

Mesmo perto tão distante...

Só tenho teu sorriso no horizonte,

Atiro-me numa luta desigual,

Onde o bem, teria que vencer o mal,

Mais o arbitrio é eterno.

E escolheste viver longe,

Habitando outros céus estranhos aos meus.

e meus olhos não te alcançam,

E minha tristeza me lança,

Numa busca no mar da vida,

Uma busca suicida!

Na esperança de molhar minha boca,

No doce de tua saliva!

Sem puder me livrar deste estigma,

Sem saída, sem escolha.

Vertiginosamente mergulho no fundo das imagens,

Sigo-te, sinto-te, me alimento de tuas verdades,

Nessa busca incessante.

O instinto me guia selvagem.

É esta minha missão,

Suplico então ao meu coração,

Coragem!

Não tenho opção,

Seguir tua imagem...

Ou morrer de saudade.

Observadora
Enviado por Observadora em 29/03/2006
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