Aperto.

Segurar teu corpo com força, apegado,

liga meus neurônios à alma tua,

o olhar conecta a freqüência certa.

Quando minha mão te aperta a cintura crua,

eu vejo o teu vacilo bucal,

tremendo verbos imperativos,

tramando incertos subjuntivos,

travando momentos decisivos.

É explosão instintiva, aleatória, disritmia,

é reveillon maravilhoso de carnaval boemia.

Quando pressiono teu corpo quente,

sinto-me em sangue, passeando,

pulsando, pecando por ser demasiado,

tentando tenso não ser apressado

e provando deveras a textura tua,

o cheiro molhado da pele nua.

O posterior contemplar é ego puro,

um sorriso interno,

maliciosa carícia,

quês de megalomania,

carinhosa malícia.

Guerras e teorias,

toalhas e olhares.

Da bermuda, o triângulo e os sete mares

alternam bom vento com má maré,

rossonera figa com cruzmaltina fé,

ficção autoral com blues in verso,

Zico Romário de Ronaldo Gerson,

Maradona hermano com Rei Pelé,

Maradona, Hermano, és Rei Pelé?

renato barros
Enviado por renato barros em 27/11/2008
Reeditado em 28/11/2008
Código do texto: T1306553
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.