A VERDADE NÃO IMPORTA...

Não é preciso encontrar,

Quando o sol despontar

Sobre a tua face secular,

Na tua alma uma resposta.

Há infinitas razões para

Dizer ao mundo sim,

E, contudo, ainda dizes não,

Para que a onda volte mais forte.

Lastimas a falta de sono

Onde estás, assim, rumo ao nada,

No mar imenso que te devora

Adentro, afundando-te afora.

As coisas são como são,

Não te precipite, nem julgue.

Se é isso, ou aquilo,

Ou outro mais. Se é precípuo.

Tudo é relativo, nada além

Do silêncio nos faz iguais.

Agora, que estamos quites,

Podemos ouvir o interlúdio.

Sem ondas ou fluxos rivais,

Nesse desconexo amplexo

Que nos faz irmãos além dos elos,

Podemos, e somos um. Sempre.

© Jean-Pierre Barakat, 24.03.2006

Jean Pierre Barakat
Enviado por Jean Pierre Barakat em 29/03/2006
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