Aos planos

Planos em retalhos.

Costurados e remendados à mão.

Como se fossem talhados por um artesão.

Planos traçados e sólidos,

Desatos, desatinos, acasos, descasos...

E de tanto querer,

Já nem sei mais o que quero.

E de tanto te querer,

Nem sei mais o quanto te tenho.

Gosto estranho este de solidão.

Muito parecido com este teu gosto, sem paixão.

Desejo estranho de manter este laço.

Semelhante à tua pálida razão.

Me refaço, então.

O que não é novidade é a confusão.

Me apresento à vida

De cara lavada,

Com mente despida e

Com alma carregada...

Há muito de ti, ainda.

Mas nem sei medir o quanto.

Esta maneira sincera de exagerar,

Multiplica os contos e não divide os sonhos.

Renasce mais uma de mim.