Um quase...

Eu não estava averiguando sóis

Antes os raios incidiam sobre minha pele

Sol cortejando pele.

Na gentileza desse instante

Abre-se um sorriso

Uma possibilidade gentil

Entre eu-ser e as coisas sendo.

É como uma pausa

Um sossegar-se em meio ao mundo.

Não importa tanto

O instante seguinte

São nas coisas simples

Que está uma certa paz.

Não importa, tão pouco,

Se essa paz é duradoura

A mente aprende a contentar-se

Com aquilo no momento daquilo.

Nem passado nem futuro importam.

Grita mudo.

Se depois disso tudo

Renascer a luxúria dos pensamentos

Não neguemos isso também.

Vejo que a vida é abraçar

Um quase tudo

Um quase ninguém

E no meio de tudo abraçado

Envolvido

A resposta:

Tudo é quase tudo

Nada é quase tudo.

Nada e tudo é quase uma ilusão.

Anaís
Enviado por Anaís em 30/03/2006
Código do texto: T130994