Um quase...
Eu não estava averiguando sóis
Antes os raios incidiam sobre minha pele
Sol cortejando pele.
Na gentileza desse instante
Abre-se um sorriso
Uma possibilidade gentil
Entre eu-ser e as coisas sendo.
É como uma pausa
Um sossegar-se em meio ao mundo.
Não importa tanto
O instante seguinte
São nas coisas simples
Que está uma certa paz.
Não importa, tão pouco,
Se essa paz é duradoura
A mente aprende a contentar-se
Com aquilo no momento daquilo.
Nem passado nem futuro importam.
Grita mudo.
Se depois disso tudo
Renascer a luxúria dos pensamentos
Não neguemos isso também.
Vejo que a vida é abraçar
Um quase tudo
Um quase ninguém
E no meio de tudo abraçado
Envolvido
A resposta:
Tudo é quase tudo
Nada é quase tudo.
Nada e tudo é quase uma ilusão.