Fábula

Amor, hoje era o dia da nebulosa

Névoa dos meus olhos, falsa rédea,

Do ver e não ver, brisa brilhosa

Limbo do amargo desdizer e sorrir

Amor, hoje cortei-me de azulejos e vidraças

E fui feliz, distraído, enquanto a dor acenava

Amora amarga o riso para mim negado

No amor amorfo de nenhum entusiasmo

Amor, hoje o silêncio era a garganta da Gritaria

Os olhos cedidos no dia em que nasci, arenosos

Senti amor,amor e a busca na tarde esvaindo

O pulsar descontente do sangue que me fervia.

Julio Urrutiaga Almada
Enviado por Julio Urrutiaga Almada em 01/12/2008
Código do texto: T1312541
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