AS TAPERAS

Eu amo as velhas taperas,

os indícios da antiga casa,

as árvores frutíferas

que não puderam

seguir.

O mato crescendo

sobre os sonhos que ficaram;

os vultos

sob as sombras esquecidas,

o quintal coberto de folhas.

Onde houve vida

o silêncio se apossou de tudo;

o igarapé passa tranqüilo

igapó abaixo.

Extensas sombras,

logo mais à noite,

habitarão

os antigos quartos abandonados.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 01/12/2008
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