A VERDADE SOBRE MIM
Meus sentimentos
nunca foram
assassinos,
sempre suicidas
em doses
homeopáticas.
Nunca pedi
atenção. Não por
não querer,
mas por
achar que isso
é coisa que
não se pede.
Essa carência
disfarçada de
orgulho é a
minha sentença
de morte diária.
Não sei porque
preciso fantasiar
que o mundo
não existe
sem mim.
Quando na
verdade
eu nem me
encaixo na
realidade.
No fundo,
escrever é
a última
tentativa,
desesperada,
de pedir
atenção
sem pedir
quase nada.