Sobre qualquer sorte ou... quando do amor só resta a morte.
Ao som do violão, o poema foi-se chegando.
Dizia de amores passados.
De paixões vividas.
Falava da mulher divinal que tudo fazia, nada exigia.
Contava das noites de amor... densas, intensas, puro ardor!
Da entrega... sombras desenhadas diluídas no chão.
Das horas apetecidas no leito de lençóis de plumas.
Trazia o poema algumas lembranças
dos que em silêncio se inflamam
pelo prazer brotado da carne e do coração!
Contava o poema da festa da ansiedade...
a próxima estrela a beber gestos e jeitos
em mãos já descontroladas.
Braços, bocas, sussurros perpetuando as madrugadas.
...cães ladrantes da noite... mudos para os amantes
...formas em movimento... feminino/masculino
sensações, suspiros, trejeitos... luta das imagens acesas.
O poema dizia... sobre qualquer sorte
da solidão da alma
da insalubridade da vida
quando do amor ...só resta a morte.