I N S Ô N I A
Quantos anos já se vão
Um tempo que não tem fim
E por companhia a solidão
Nada mais restou pra mim.
Sinto longa a madrugada
E o silêncio me acompanha
Já não posso fazer nada
A não ser conter a sanha.
Tenho que pensar em dormir
Quando nem deveria pensar
No sono que poderia vir
Pra minha mente acalmar.
O pensamento nunca pára
Navegando pra todo canto
É uma doença que não sara
Me causando um desencanto.
Novo dia está surgindo
Os pássaros anunciando
A exaustão me consumindo
Não estou mais suportando.
O dia que me angustia
Pela noite que vai chegar
Quando ela se prenuncia
Aí começa o meu penar.