I N S Ô N I A

Quantos anos já se vão

Um tempo que não tem fim

E por companhia a solidão

Nada mais restou pra mim.

Sinto longa a madrugada

E o silêncio me acompanha

Já não posso fazer nada

A não ser conter a sanha.

Tenho que pensar em dormir

Quando nem deveria pensar

No sono que poderia vir

Pra minha mente acalmar.

O pensamento nunca pára

Navegando pra todo canto

É uma doença que não sara

Me causando um desencanto.

Novo dia está surgindo

Os pássaros anunciando

A exaustão me consumindo

Não estou mais suportando.

O dia que me angustia

Pela noite que vai chegar

Quando ela se prenuncia

Aí começa o meu penar.

Augusto Canabrava
Enviado por Augusto Canabrava em 06/12/2008
Reeditado em 06/12/2008
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